Em 30 anos de epidemia, o panorama mundial sobre a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida (SIDA ou aids, popularmente conhecida) passou por mudanças significativas. Nunca se conheceu tanto sobre o vírus HIV, agente causador da doença e, principalmente, formas de contenção da epidemia, proteção individual, combate e assistência à vítima da infecção. Para debater esses avanços, descobertas e perspectivas futuras, a Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) promoveu, dia 22 de novembro, o 2º Curso de Atualização em HIV/Aids - Aids@30.
Tendo como público-alvo médicos, enfermeiros e demais profissionais da saúde ligados ao atendimento em HIV/AIDS, foi possível o fomento de discussões sobre o volume de novas informações referentes à doença, métodos de detecção e avanço do tratamento.
A prevenção ao HIV e a atual situação da doença foi discorrida pela médica infectologista Mônica Bannwart. Vinculada ao Serviço de Ambulatórios Especializados e Hospital Dia “Domingos Alves Meira”, unidade especializada na assistência à doença, a especialista frisou um panorama atual da AIDS.
Ao debater sobre métodos e diagnósticos da infecção pelo HIV, a professora do Departamento de Doenças Tropicais e Diagnóstico por Imagem da FMB, Lenice do Rosário de Souza, traçou um panorama histórico de como a doença era identificada pelos meios científicos. Também realçou a necessidade de que os testes de confirmação do vírus sejam realizados rapidamente após situações de riscos. Além disso, fez uma breve explanação sobre os métodos de diagnósticos entre adultos e crianças (em casos de mães portadoras do vírus).
O curso ainda contemplou palestra proferida pelo médico infectologista Alexandre Naime Barbosa, que fez considerações sobre as atuais guidelines (guias que devem ser utilizados durante a avaliação e manuseio dos pacientes com condições clínicas específicas) e os consensos atuais no mundo para o tratamento do paciente com HIV.
Segundo dados do Ministério da Saúde, desde o início da epidemia, em 1980, até junho de 2010, o Brasil tem 592.914 casos registrados de aids (condição em que a doença já se manifestou). Atualmente, ainda há mais casos da doença entre os homens do que entre as mulheres, mas essa diferença vem diminuindo ao longo dos anos. A faixa etária em que a aids é mais incidente, em ambos os sexos, é a de 20 a 59 anos de idade.
A segunda edição do Curso de Atualização em HIV/aids teve a promoção do Serviço de Ambulatórios Especializados e Hospital Dia (Domingos Alves Meira), Faculdade de Medicina de Botucatu e colaboração da Liga de Saúde Sexual e Reprodutiva da FMB- Sasere.
Flávio Fogueral/ Jornal da FMB
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