Mais de dois meses após o do ataque que destruiu o imóvel da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes) de Botucatu, o delegado Paulo Buchignani faz críticas. "Já existe uma casa como meta. A tramitação desse aluguel está sendo feita. É uma casa muito boa, mas para abrigar uma família. Nas minhas expectativas pessoais, que não necessariamente reflete a opinião da Polícia, ela está aquém daquilo que a Dise pudesse conquistar depois de todo o ocorrido", cita.
Apesar da equipe da Dise estar no Plantão Policial ele afirma que as instalações são precárias para investigações. "Aqui foi criado para abrigar o plantão e a não a Dise. Fico um pouco chateado porque vai fazer quase três meses do ocorrido e até agora a gente está nessa situação. Quem sai prejudicado com isso é a população, porque a Dise vinha fazendo um trabalho efetivo e eficiente no que diz respeito ao combate ao tráfico de drogas. Estamos há três meses quase que desativados, apesar dos esforços do delegado Seccional e da própria Prefeitura em resolver isso", diz Buchignani.
Investigações engessadas
Não é possível fazer o mesmo trabalho investigativo, como antes. "Não bastará entrar na casa. Será necessário fazer toda a implantação de mobiliário, equipamentos, arquivo e uma série de coisas para começarmos a desempenhar um trabalho. A gente esperava que a solução viesse em um período mais rápido pela eficiência que a Dise sempre demonstrou em Botucatu apesar dos esforços do delegado Seccional", salienta o delegado.
Menos flagrantes
Os flagrantes da Dise em quantidade de apreensão reduziram em 90%. "Eu diria que 95% do que existia lá dentro foi destruído. Vai levar um tempo para a gente ter tudo novamente. A Dise já foi vítima pelo combate ao tráfico. Até começar toda uma investigação leva tempo", enfatiza.
A Prefeitura promete a assinatura de contrato da nova sede na próxima semana.