Professor Bastos, que ficará responsável por coordenar uma das principais frentes de trabalho e que foi anunciada como prioridade pelo novo reitor, a contratação de novos docentes, ainda integrará o grupo que implantará o Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Unesp, que precisa passar pela aprovação do Conselho Universitário (CO). O estabelecimento de metas e as primeiras discussões sobre o Plano começarão em fevereiro deste ano.
Quanto às contratações de docentes, professor Bastos afirma que 200 profissionais deverão ser contratados em um primeiro momento e o objetivo é que esse volume se repita anualmente. Segundo o docente, que atua no Departamento de Pediatria da FMB, a Assembléia Legislativa do Estado de São Paulo (ALESP) aprovou, em novembro de 2008, a criação de funções específicas e a matéria já foi sancionada pelo governador José Serra (PSDB). “É inegável que a reposição do quadro de docentes é prioridade na universidade. Houve um impacto grande por conta de muitas aposentadorias. Agora essa situação será revista e há orçamento para isso”, esclarece professor Bastos, lembrando que entre 2003 e 2004, mais de 300 docentes da Unesp encerraram sua carreira, embora a maioria tenha esperado pela aposentadoria compulsória.
Cenário assustador
Um levantamento feito em 2005 aponta que, daquele ano até 2012, 48% dos docentes estarão em condições de se aposentar, seja por idade ou tempo de recolhimento previdenciário. Este cenário é considerado “assustador” pelo presidente da Comissão de Contratação de Docentes. Segundo ele, atualmente, a necessidade de reposição em toda a universidade é de 400 professores.
Professor Bastos avalia que a FMB está na média, quando o assunto é o déficit de professores. “Os pioneiros estão se aposentando, mas não no ritmo adequado, vamos acertar isso. Quase todos foram até a compulsória”, diz. A Faculdade de Filosofia e Ciências de Marília (FFC), pelo que aponta ele, está entre as unidades que mais sentiram os reflexos das aposentadorias.