Ivy Farias - Repórter da Agência Brasil
São Paulo - Cerca de 7 mil policiais civis estiveram hoje (27) no centro de São Paulo para reivindicar melhores salários e condições de trabalho. A estimativa é da Associação dos Delegados de Polícia Civil do Estado de São Paulo (Adpesp), uma das entidades que organizaram a paralisação.
Um dia após o término do processo eleitoral, o diretor da Adpesp, André Dahmer, fez questão de frisar que o caráter da mobilização não é político, como sugerido dias atrás pelo governador do estado, José Serra.
"Esta greve não tem nada a ver com política. Este movimento existe desde o começo do ano, chegou a este ponto por falta de negociações com o governo", disse o diretor da Adpesp, André Dahmer.
"Eles vão empurrar mais dois anos e então dizer novamente dizer que a paralisação é para prejudicar o processo eleitoral?", questionou o diretor em entrevista à Agência Brasil.
Os manifestantes se reuniram na praça da Sé e caminharam até a sede da Secretaria de Segurança Pública levando um caixão. "Queremos fazer um enterro simbólico de José Serra", gritavam os policiais. Vestindo uma camiseta com a foto do governador de São Paulo, muitos acusavam-no de matar a polícia.
Em greve desde o dia 16 de setembro, os policiais civis tiveram um conflito com policiais militares no dia 16 de outubro. "Vamos apurar quem mandou a tropa de choque ao nosso encontro. Temos uma série de medidas judiciais e políticas a serem tomadas", completou Dahmer sobre o episódio que aconteceu na frente do Palácio do Governo.
Durante toda a caminhada, os manifestantes também pediram que o secretário de segurança pública, Ronaldo Marzagão, renuncie ao cargo. Segundo os policiais, a mobilização não tem data para acabar. "Vamos ao Palácio novamente falar com o governador", completou Dahmer.
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