ARTIGO - Não é difícil imaginar como estará o trânsito de veículos daqui a 5 anos em Botucatu: congestionamento em todas as ruas e avenidas, com motos dominando e disputando os “pequenos” espaços que encontrarem (calçadas, por exemplo). Isso, principalmente, se for confirmada a descoberta de grande quantidade de petróleo em Santos.
Uma reportagem no “Fantástico” dia 11/05 cita que a cidade de São Paulo pára daqui a 5 anos. E isso não será diferente para Botucatu, que é uma cidade com ruas e avenidas estreitas e onde não se faz um planejamento viário. Aqui só se investe em “operação tapa-buraco” ou situações de emergência para o trânsito.
Só para se ter uma idéia, alguns pontos que precisam ser esclarecidos à população:
- Quantas vias ligam o Centro de Botucatu com a Vila dos Lavradores?
- Marginais em Botucatu tem muitos: bandidos e não vias. Por que não se investe, para escoar o trânsito? Alguém se lembra daquela idéia de transformar os lados do rio Lavapés (sujo e abandonado) numa avenida marginal, para aliviar o trânsito no Centro?
- O que se vê de estímulo à população para o uso do transporte coletivo?
- Propõem-se modernizar a Rua Amando de Barros, alargando as calçadas e isso é muito bom. Mas onde estão as propostas de criar bolsões de estacionamento ou coisa semelhante?
- Foi notícia nos meios de comunicação a criação de via férrea ligando Botucatu à UNESP... E aí?
Todos nós sabemos que essa média diária de 16 acidentes de trânsito (registrados ou não através de B.O.) é retrato do baixo investimento e do não planejamento de nossa malha viária. É preciso saber, também, que o condutor não é o único culpado nos acidentes.
Quando há planejamento viário, organização e controle do trânsito, há maior segurança tanto para condutores como para pedestres. Uma cidade programada para o trânsito é uma cidade moderna, atraindo investimentos, ficando mais bonita, evitando o stress populacional.
Botucatu merece isso.
João Luís Moretto - diretor de Ensino e Especialista
em Legislação de Trânsito