Família da menina
Ágata Munhoz, diagnosticada com tumor no cérebro, precisa de ajuda
para acompanhá-la na luta pela vida
Do dia pra noite, a
vida da família da pequena Ágata Munhoz, de 9 anos, virou de cabeça
pra baixo. A menina, moradora de Bauru, seguia uma rotina normal a
qualquer criança da sua idade, feliz e saudável. Até que começou
a apresentar vômitos constantes no começo de 2014. Depois de 6
meses de muitas idas e vindas ao médico, a família recebeu o
diagnóstico que nenhum pai ou mãe espera ouvir: a menina estava com
um tumor cerebral.
“No começo, achei
que era por nervoso, pois ela havia sofrido bullying na escola. Os
vômitos eram sempre de manhã. No final de fevereiro, levei ao
médico, que disse se tratar de refluxo. Ele pediu para eu mudar toda
a alimentação dela. Fiquei 6 meses tratando como se fosse refluxo.
Mas, com o passar do tempo, os vômitos se tornaram frequentes” ,
explica a mãe Eloana Maria Munhoz, 34 anos.
A menina começou a
emagrecer além do normal e, no final de junho, a família notou que
ela estava andando com passos tortos. “Levei-a novamente ao médico
e ele disse que era fraqueza, pois estava desidratada. Ele mandou dar
bastante Gatorade para ela”, relata a mãe.
O quadro foi se
agravando até que, no dia 15 de julho, ela já não parava em pé.
Ágata foi levada ao pronto-socorro e, mesmo com esses sintomas de
coordenação motora, a médica plantonista pediu para que fosse
feita uma endoscopia. A enfermeira, desconfiada de que havia algo
mais grave, questionou o pedido junto à médica, que voltou atrás e
a encaminhou para uma tomografia cerebral. Foi aí que constatou-se
que a menina tinha um meduloblastoma (tumor específico do sistema
nervoso central).
“Fiquei sem chão!”,
afirma Eloana. E a luta da família estava apenas começando. Foi
preciso transferir Ágata para o Hospital Universitário da Unesp de
Botucatu, já que em Bauru, apesar de ser uma cidade de médio porte,
não havia nenhum especialista em neurocirurgia pediátrica. A menina
foi operada dois dias depois, durante 10 horas e meia. O tumor foi
retirado, mas, mesmo assim, ela já passou por mais 11 cirurgias,
sendo nove na cabeça.
Desde então, a menina
não saiu mais do hospital. Está fazendo um tratamento agressivo com
quimioterapia para evitar que o tumor volte. Com isso, a imunidade
fica baixa e, não raro, ela precisa ser transferida para a Unidade
de Terapia Intensiva (UTI). “Hoje ela não fala e não anda, e não
sabemos quais sequelas irá ter. O tratamento é longo e demorado.
Mas, apesar de ser um tumor maligno, ele é curável”, afirma a
mãe.
Família precisa de
ajuda
Atualmente, a família
está se dividindo entre Bauru e Botucatu. Eloana e o marido, Itallo
Pablo Souza Braga, 35 anos, têm mais dois filhos: Pietro, 5 anos, e
Davi, 2 anos e 10 meses, que ficam com a família em Bauru. Os dois
se revezam nos cuidados com Ágata no hospital para conseguir cuidar
também dos meninos. Com a necessidade de estar ao lado da filha
frequentemente, Itallo acabou perdendo o emprego. E hoje a família
vive de doações.
“Gastamos muito com as viagens, fora as coisas
que precisamos comprar para ela, como cremes, lenços umedecidos e
muitos outros itens para os cuidados básicos”, destaca Eloana.
Família e amigos
criaram uma corrente de solidariedade para ajudar. Foi aberta uma
conta poupança para recebimento de doações, o que ajuda a família
a arcar com as despesas. A agência de publicidade House Criativa
abraçou a causa e criou uma página no Facebook (1 Minuto pela
Ágata) para divulgar a luta da família. Em dois dias, a fanpage
teve mais de 2.000 curtidas. Mas a situação ainda é bastante
grave, pois os gastos são constantes.
Entenda a doença
Meduloblastomas são
tumores que se desenvolvem a partir das células neuroectodérmicas
no cerebelo. São tumores de crescimento rápido e, muitas vezes se
disseminam ao longo das vias do líquido cefalorraquidiano, mas podem
ser tratados com radioterapia e quimioterapia. Ocorrem com mais
frequência em crianças do que em adultos. Eles são parte de uma
classe de tumores denominados neuroectodérmicos primitivos (PNETs)
que também podem se iniciar em outras partes do sistema nervoso
central. É o câncer do Sistema Nervoso Central mais frequente em
pediatria, responsável por 12% a 25% dos tumores intracranianos em
crianças.
(Fonte: Oncoguia)
1 Minuto pela Ágata
Para ajudar a família
da Ágata Munhoz, pode ser feita doação de qualquer quantia em uma
dessas contas:
Banco Santander –
Agência: 3051 – Conta poupança: 60004318-1, em nome de Michelli
Cristina Munhoz (tia da Ágata), CPF 246.578.658-03
Caixa Econômica
Federal – Agência: 4078 – Conta: 12735.1 – Operação 013, em
nome de Itallo Pablo Souza Braga
Doação de sangue
também é bem-vinda e necessária. Procure o Hemocentro de Botucatu.
Para isso, basta pesar mais de 50kg, ter boa saúde, não estar em
jejum e ter entre 18 e 67 anos de idade. Todos os tipos de sangue vão
ajudar.
Hemocentro H.C Unesp
Botucatu - Distrito de Rubião Júnior s/n (Faculdade de Medicina)
De segunda a
sexta-feira, das 7h30 às 16h30h. Aos sábados das 7h às 13h.
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