Setor
apresenta faturamento acima dos R$ 60 bilhões e é um dos que mais emprega no
país. No entanto, enfrenta desafios em processos de produção e de gerenciamento
Agosto/2013– Todos os dias, 76% dos
brasileiros consomem pão no café da manhã. É o que aponta levantamento do
Sebrae e Associação Brasileira das Indústrias de Panificação. O Estudo de
Tendências: perspectivas para panificação e confeitaria traça um diagnóstico do
crescimento do sexto maior setor industrial do país. Mais de 90% dos
consumidores preferem a compra do produto diretamente em panificadoras.
Os dados refletem ainda o impacto econômico do
setor. São 63 mil panificadoras em todo o país, sendo que desse total, 60 mil
se constituem como micro e pequenas empresas. São mais de 700 mil empregos
diretos gerados, sendo que 35% são destinados à produção.
Para auxiliar na melhoria dos processos de
produção e comercialização, o Sebrae tem, em parceria com o Instituto
Tecnológico ITPC, projetos e ações específicas para panificadoras. As ações vão
desde palestras a cursos, consultorias e informações de gestão. O atendimento
pode ser individual e coletivo e o contato direto com o empresário faz com que
o empresário conheça todos os pontos de destaque do negócio, bem como as
deficiências enfrentadas por cada panificadora.
Segundo o ITPC, há quatro focos estratégicos
para o empresário observar e atuar em busca do aprimoramento. São eles:
administrativo e financeiro; gestão de pessoas e ambientes; mercado; e
tecnologia de produção.
Foi através da consultoria e participação no
programa de panificação promovido pelo Sebrae-SP que os empreendedores Juliana Egami e Robson Oki diversificaram a gama de produtos e
ofereceram produtos diferenciados aos clientes. A panificadora que ambos
administram foi inaugurada em 2007 e desde então mudou de um espaço modesto
para um local adequado e preparado. O número de funcionários, que no início era
de cinco pessoas, passou a 25 colaboradores atualmente.
Gerenciar processos de produção, diferenciação
de produtos e aperfeiçoar as vendas se tornaram os desafios que os
empreendedores enfrentaram com o crescimento da empresa. “Não tínhamos um plano
para acompanhar o crescimento da empresa. Isso fez com que fosse necessário ver
quais as necessidades e onde investir na panificadora”, explica Juliana.
Por meio do auxílio do programa de panificação
oferecido pelo Sebrae-SP, foi possível estabelecer um novo ritmo de produção
dos pães, além de oferecer outras opções de produtos. Algumas das novidades
centraram na venda de produtos semiprontos, além de um restaurante com processo
de cozimento a vapor.
Segundo Elcineia Silva Franca,
consultora do Escritório Regional do Sebrae-SP em Botucatu, o setor de
panificação é um dos que mais têm gerado emprego e alta diversificação de
negócio, saindo do tradicional pãozinho. “As panificadoras também possuem um
apelo de proximidade entre o empresário e cliente. O faturamento deste segmento
apresenta valores acima dos R$ 62 bilhões nos últimos anos, segundo o ITPC.
Isso reflete a diversificação de produtos, serviços adicionais e prova que hoje
essas empresas vão além da venda de pães”, salienta.
Sebrae mostra programa de auxílio à
panificação em Botucatu
Uma ação de sensibilização aos empresários do
setor de panificação e de supermercados ocorre dia 14 de agosto, a partir das
14 horas no Escritório Regional do Sebrae-SP, em Botucatu. Em pauta os desafios
e tendências do setor no país, além da apresentação dos projetos que a entidade
desenvolve em parceria com o ITPC para a melhoria e qualidade do negócio.
Os empreendedores do setor de panificação
interessados nas ações do Sebrae-SP podem se inscrever, até o meio-dia de 14 de
agosto, para as palestras. Os contatos com o escritório regional são feitos
pelo telefone (14)
3815-9020 ou
presencialmente na Rua Dr. Costa Leite, 1570, em Botucatu.
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