
Existiam muitas dúvidas de como funciona o processo de recuperação judicial pelo qual a empresa passa. Os trabalhadores descobriram que as informações passadas pela Staroup de Botucatu - de que deveriam aguardar por 60 dias para receberem suas rescisões- não podiam ser cumpridas já que tudo será quitado através do processo judicial.
O problema é que eles terão que aguardar todos os trâmites burocráticos e torcer para que eles dêem certo. A empresa quer vender quatro imóveis localizados em São Paulo, Avaré e Botucatu (esta última que a empresa quer vender parte do terreno e não a fábrica que está em funcionamento).
“Para vender alguns imóveis é necessária a liberação da Justiça Federal de Bauru, onde os bens estão penhorados. A dívida tributária é de R$ 6 milhões e somente um imóvel de Botucatu custa R$ 43 milhões”, cita o advogado Ronaldo Tecchio Jr.
Uma comissão também foi formada para manter contato com o administrador judicial.
Prazos - Na segunda-feira (28), o advogado deve apresentar toda a relação de credores e trabalhadores que devem receber da empresa. A lista será divulgada no diário eletrônico da Justiça e pode também ser publicada no Diário da Serra.
Após essa data existem mais 10 dias para interessados reclamarem os valores divulgados. Em seguida, 30 dias serão usados para aguardar se existirá alguma negativa dos credores e trabalhadores da forma que o plano de recuperação será aplicado. Depois disso os bens podem ser vendidos.
Ana Paula Galdino é uma das ex-funcionárias. “O ruim é que teremos que aceitar o acordo da empresa e receber sem correções”, diz. Rodrigo Oliveira reclama que alguns funcionários já receberam após a demissão. “Alguns já acertaram a sua situação; nós não”, afirma.