Botucatu teve a confirmação do primeiro caso de dengue em 2008. Antes existiam somente notificações de suspeitas. O caso confirmado foi importado de Araraquara. A dona de casa que pegou a doença foi atendida no Pronto-Socorro do Hospital das Clínicas de Botucatu e tem parentes no Jardim Palos Verdes, onde está recebendo os cuidados necessários.
Agentes de saúde também fizeram as visitas de casa em casa em busca de criadouros do mosquito transmissor nessa região onde parentes da mulhere moram.
Uma suspeita também foi registrada na região central da cidade que engloba as ruas Dr. Costa Leite, Quintino Bocaiúva e General Telles. Nove agentes faziam visitas nas casas para eliminar criadouros, evitando assim, que novas pessoas fossem picadas pelo Aedes aegypti.
Silvia Letícia de Oliveira reside na área do Centro onde há uma notificação. "Sabendo que existe um caso suspeito nos preocupa um pouco", disse a moradora. Ela foi orientada a sempre observar o quintal da sua casa. Os pratos de plantas foram virados e uma lona onde começava a acumular água também foi retirada.
Os moradores também foram orientados a não tomarem medicamentos se tiverem os sintomas da doença. Em uma loja da Avenida Dom Lúcio foi constatada grande quantidade de materiais que podem acumular água. Um terreno pertencente a um outro estabelecimento, desta vez da Rua Quintino Bocaiúva, também apresentava problema com água parada.
Números - Segundo a Vigilância em Saúde Ambiental (VISA), a cidade já teve 44 suspeitas, sendo que desse total 35 deram negativo e uma positivo. O restante (8) aguarda resultado.
A maior incidência da doença está na região Norte (16 notificações), além da Leste (7) e Centro (6). A faixa etária em que se teve mais notificações da doença foi de jovens, entre 21 e 30 anos, com um total de 12 casos - 7 mulheres e 5 homens. A segunda média de idade mais atingida é de 41 a 50 anos, que registrou 10 notificações - nove mulheres e um homem. No total, 28 casos são de mulheres e 16 homens.
O índice de Breteau (infestação do mosquito na cidade) ficou em 2,1 quando o estabelecido como ideal é até 1,0. Uma nova medição ocorre no próximo mês. "Aumentaram os casos suspeitos devido às notícias de mortes no Rio de Janeiro. Está maior a procura pelo serviço de saúde. Com mais casos suspeitos teremos mais chances de trabalhar para que a doença não atinja outras pessoas", comentou o responsável pela VISA, André Peres. (Com Diário da Serra).