Mais frequente nos serviços de assistência em saúde, o
uso da acupuntura e homeopatia, além de outras práticas
complementares tem despertado cada vez mais atenção de
especialistas da medicina. Para debater os avanços e estudos nessas
áreas, a Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB) e o Hospital das
Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCMB), sediaram,
de 16 a 18 de setembro, o 1º Congresso Médico Acadêmico de
Acupuntura e Homeopatia da FMB/Unesp.
Nos três dias de evento, temas relacionados à aplicação dessas terapêuticas na medicina ocidental, além do ensino da acupuntura na universidade, homeopatia e integralidade na atenção básica; vacinação e contenção de epidemias com homeopatia; origem, farmacotécnica e prescrição de medicamentos homeoterápicos, foram amplamente debatidos por especialistas convidados da USP (Universidade de São Paulo), Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), Cremesp (Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo), da própria Unesp e de demais instituições que estudam ou se utilizam dessas práticas.
Um pré-congresso ocorreu na tarde do dia 16 de setembro e tratou da Política Nacional de Práticas Integrativas e Complementares no Sistema Único de Saúde.
A abertura do evento, realizada no mesmo dia, porém no período noturno, no salão nobre da FMB, reuniu especialistas, alunos e pesquisadores, com a presença do secretário municipal de saúde e vice-prefeito de Botucatu, Antonio Luiz Caldas Júnior e do diretor clínico do HCFMB, José Carlos Souza Trindade Filho. Durante a cerimônia, além das considerações dos organizadores, houve apresentação do coral formado por assistidos pelo Núcleo Assistencial Joanna de Angelis.
Para a acupunturista Dóris Henao, uma das organizadoras do evento, a realização de debates em tratamentos complementares e integrativas mostra o avanço dessas práticas por profissionais da saúde e sua aceitação no auxílio e combate a enfermidades. “O início desse congresso e todas suas discussões sintetiza que tanto a acupuntura quanto a homeopatia estão sendo incorporadas aos serviços públicos de saúde”, declarou.
A inserção dessas terapias na rede municipal de saúde tem sido positiva, conforme avaliou o secretário botucatuense da Saúde, Antonio Luiz Caldas Júnior. “A medicina tida como tradicional possui um vício de exclusividade. Atualmente, vemos essa abertura para outras terapêuticas complementares que contribuem para o desenvolvimento das práticas médicas”, declarou. Segundo ele, a instalação da Clínica de Diversidades Terapêuticas, no Espaço Saúde “Cecília Magaldi”, na região central de Botucatu, deve oferecer essas especialidades até o final desse ano.
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